quinta-feira, 7 de julho de 2011

Minha música, minha oração

Por André Florencio

Começo perguntando: “A minha música leva à oração?” A resposta pode até estar na ponta da língua: “É claro que leva à oração!” Quantas pessoas nós conseguimos ver que estão rezando enquanto estamos ministrando a música ou tocando um instrumento.

Mas e quanto a nós? Nós rezamos enquanto levamos os outros à oração? Isso pode até ser uma velha reflexão, eu mesmo já ouvi monsenhor Jonas Abib pregando sobre isso, mas percebo que corremos um grande risco de nos esquecer de que o Deus sobre o qual nós cantamos aos outros também é um Deus acessível a nós.




É preciso mergulhar e se entregar ao Senhor durante a nossa ministração [de música]. É preciso orar com nossos instrumentos, é preciso um mergulho profundo na oração para podermos colocar os acordes de forma certa, com a sensibilidade que é necessária para aquele momento. No entanto, muitas vezes, podemos até levar o outro à oração quando estamos tocando, mas não participamos da oração, estamos ali de “corpo presente” fazendo automaticamente o que gostamos de fazer. A consequência disso é que damos espaço ao demônio, que enche nosso coração de orgulho e, durante algum tempo, conseguimos fazer com eficácia nosso trabalho. Contudo, passado esse tempo, já estamos tão cheios de nós mesmos, o orgulho já dominou grande parte do nosso coração e começamos tocar para que os ouvidos e olhares se voltem para nós e colocamos a perder toda a graça de Deus para aquele momento.

Resultado desastroso, pois, dessa forma, nós já nos perdemos em nossos acordes lindos, dissonantes e o povo se perdeu na oração por nossa culpa.




A música traz grande prazer, o tocar e o cantar são bons para o músico, mas como é satisfatório e prazeroso para a alma rezar como músico! Rezar com a música que ele produz. Quanto Deus se alegra com isso. O resultado disso é a música ungida, experimentada por ele [músico] e dada aos outros a partir de um coração útil a Deus, livre do orgulho, do egoísmo, coração que reza e escuta o Senhor, que vai por meio do Espírito inspirando os acordes, a sensibilidade, o silêncio e levando o povo todo a uma experiência com o Senhor da música.

Temos que ser uma pauta em branco; quem coloca as notas nela é o Senhor, na clave que Ele quiser, mas quem executa somos nós experimentando a obra que Ele compôs.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Projeto Levi | Formação de Músicos

Foi realizado no dia 19 de Junho de 2011, o curso de Formação de Músicos do Projeto Levi. O tema abordado era Liturgia
O canto é parte essencial da liturgia
A finalidade do canto é ajudar a celebrar, não podemos nos contentar em cantar na liturgia e sim cantar a liturgia, dizia nos Pe. Sérgio.

Conheça o documento 79 da CNBB, que aborda a música litúrgica no Brasil. A partir da página 33 em especial, há orientações quanto ao canto na assembléia.

http://projetolevi.blogspot.com/


Confira fotos do curso de formação


Abencoe Senhor iniciativas como o Projeto Levi e fortaleça cada Ministério de Música
Conheça também a Pastoral da Música da Arquidiocese de Brasília





Como o Apóstolo Paulo escrevia: ...vocês que receberam o chamado de Deus, vejam bem quem são vocês: entre vocês não há muitos intelectuais, nem muitos poderosos, nem muitos de alta sociedade. Mas Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e Deus escolheu o que é fraqueza no mundo, para confundir o que é forte. E aquilo que o mundo despreza, acha vil e diz que não tem valor, isso Deus escolheu para destruir o que o mundo pensa que é importante. Desse modo, nenhuma criatura pode se orgulhar na presença de Deus. Ora, é por iniciativa de Deus que vocês existem em Jesus Cristo, o qual se tornou para nós sabedoria que vem de Deus, justiça, santificação e libertação, a fim de que, como diz a Escritura: “Aquele que se gloria, que se glorie no Senhor” (1Cor 1,26-31).
Assista o vídeo sobre Liturgia da Comunidade Shalom, Clique Aqui