terça-feira, 8 de março de 2011

Glória e Aleluia na Quaresma



Cada ano, a Igreja se une ao mistério de Jesus no deserto, durante quarenta dias – quaresma -, vivendo um tempo de penitência e austeridade, de conversão pessoal e social, especialmente pelo jejum, a esmola e a oração, conforme o Evangelho de Mateus (Mt 6, 1-6.16-18), proclamado na Quarta-feira de Cinzas, em preparação às festas pascais.
São cinco domingos mais o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, que inicia a Semana Santa, também chamada Semana Maior. É este um tempo forte e privilegiado, em que fazemos nosso caminho para a Páscoa, renovando nossa fé e nossos compromissos batismais, cultivando a oração, o amor a Deus e a solidariedade com os irmãos. Tal austeridade deve se manifestar no espaço celebrativo, nos gestos e símbolos, como também no canto, para depois salientar a alegria da ressurreição, que transborda na Páscoa do Senhor:
- A cor roxa, as cinzas e a cruz lembram o caráter penitencial, de conversão;
- O espaço celebrativo deve ser sóbrio, sem ornamentação nem flores no altar;

- Não se recita nem se canta o “Glória”, assim como o “Aleluia”, que são aclamações jubilosas, marcadas pela festa e alegria;

- É tempo de favorecer o silêncio musical.
Por isso, os instrumentos devem acompanhar os cantos de forma discreta, somente para sustentar o canto;
- Cada tempo litúrgico tem seus cantos próprios; assim também a Quaresma. Cantos que expressem o conteúdo, os temas, a Palavra de Deus, enfim o aspecto do mistério pascal que celebramos.

É preciso saber escolher bem os cantos, que acentuem a conversão, o perdão, a fraternidade e solidariedade, a vida, a luz, inspirados no Evangelho do dia. Mas sempre com os horizontes voltados para a Páscoa de Jesus, mistério central que celebramos em nossas liturgias. 
Fonte: Ir. Miria T. Kolling

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